Com coronavírus GE demitirá até 13 mil funcionários da unidade de aviação
Com coronavírus GE demitirá até 13 mil funcionários da unidade de aviação . A General Eletric Aviation afirmou nesta segunda-feira que planeja reduzir globalmente sua força de trabalho em até 25%, o equivalente a até 13 mil empregos , entre demissões e desligamentos voluntários. A decisão é resultado do corte prolongado na produção de aeronaves em razão da pandemia do novo coronavírus explicou a companhia.
No fim de semana, a britânica Rolls-Royce , que também fabrica motores para aviação, anunciou que avalia cortar até oito mil empregos.
A onda de demissões é o mais recente estágio no setor de aviação, onde a crise deve se estender ao longo de 2021 num momento em que a demanda de passageiros aéreos nos Estados Unidos recuou em 95%.
Na última semana, a fabricante de aviões Boeing anunciou que cortaria em 10% seu número de funcionários , ou 16 mil postos de trabalho, em razão da desaceleração no ritmo de produção, enquanto a SpiritAero Systems, fornecedora do setor, afirmou na sexta-feira que está demitindo 1.450 empregados no Kansas.
As ações da GE registraram queda de 4% na Bolsa, cotadas a US$ 6,23.
Com coronavírus GE demitirá até 13 mil funcionários da unidade de aviação . O corte de empregos da GE integra um pacote para reduzir US$ 3 bilhões em custos e que foi anunciado pela companhia em abril.
David Joyce, diretor executivo da GE Aviation, disse aos funcionários da unidade nesta segunda-feira que “a profunda contração na aviação comercial não tem precedentes, afetando todos os clientes do setor mundialmente. A estimativa é que o tráfego global recue em aproximadamente 80% no segundo trimestre”.
Anteriormente, a GE Aviation já havia colocado de licença metade de sua equipe nos Estados Unidos na área de manutenção, reparo e revisão e fabricação de novo motores. A companhia também congelou contratações, cancelou aumentos de salário por mérito e reduziu drasticamente gastos não essenciais.
Nem a GE nem a Boeing optaram por se inscreveram para receber parte dos US$ 17 bilhões em socorro financeiro anunciado pelo Tesouro americano para companhias que atuam na área de segurança.
A Boeing informou que usaria US$ 25 bilhões levantados em uma oferta de ações. Dave Calhoun, diretor executivo da fabricante de aviões, disse na semana passada que ele espera que vai levar “de dois a três anos para que as viagens voltem aos níveis de 2019 e que levará outro par de anos para que a indústria recupere as tendências de crescimento de longo prazo”.