ecommerce de Portugal vale 5,9 bilhões de euros
ecommerce de Portugal vale 5.9 bilhões de euros . A conclusão é do ‘CTT e-Commerce Report 2019’, divulgado esta sexta-feira. O relatório indica que o consumidor português gastou em média 51,1 euros em compras online, em 2019. Em 2020, esse valor deverá subir para 56,6 euros. O comércio eletrónico deverá crescer entre 40% e 60% este ano. .
O comércio eletrónico cresceu 20% em Portugal, para 5,9 mil milhões de euros, em 2019, segundo o ‘CTT e-Commerce Report 2019’, divulgado pela operadora postal esta quarta-feira, durante o ‘CTT e-Commerce Day’, um evento anual dedicado ao comércio eletrónico.
O crescimento do comércio eletrónico em Portugal foi impulsionado pela crescente adesão dos consumidores portugueses às compras online. Segundo o estudo elaborado pelos CTT, 51% dos portugueses com acesso à internet fizeram pelo menos uma compra online durante o ano de 2019, menos 4% do que em 2018.
A percentagem encontra-se abaixo da média dos países do sul da Europa (55%), mas, devido aos efeitos da pandemia da Covid-19, a operadora postal estima que no final do ano 56% dos portugueses com acesso à internet faça pelo menos uma compra online.
Por isso, o relatório dos CTT aponta que o comércio eletrónico deverá crescer entre 40% e 60% em Portugal em 2020, “fruto do atual contexto de pandemia e de grande alteração de hábitos dos consumidores”. O crescimento calculado “é cerca de três vezes o ritmo de crescimento que se observou nos últimos dois anos”.
O ‘CTT e-Commerce Report 2019’ conclui que o mercado português está a ganhar relevância o conjunto das compras totais efetuadas online em Portugal. Um ideia suportada pelo “peso dos marketplaces [plataformas de lojas online]” no universo das compras online.
O comércio eletrónico desenvolve-se em Portugal à medida que os serviços associados também evoluem. O estudo aponta que os consumidores continuam a preferir a entrega de encomendas em cada e, nesse sentido, o “sameday delivery [entrega no próprio dia] tende a ser uma aposta crescente”.
Os consumidores têm valorizado, sobretudo, “a entrega gratuita, a velocidade de entrega e a previsibilidade [do tempo de entrega]”. Assim, para fazer face às exigências, sobretudo em contexto pandémico, 20% das retalhistas presentes em plataformas de comércio eletrónico passou ou planeia vir “a recorrer a parceiros” para garantir serviços de logística integrados e efulfillment (ordem de pedidos).
ecommerce de Portugal vale 5.9 bilhões de euros
No ano de 2019, os portugueses realizaram em média 15,8 compras online, tendo gasto em média 51,1 euros em compras. Com a estimativa de crescimento do comércio eletrónico para 2020, estes valores deverão ser revistos em alta. “Prevê-se que no final de 2020 o número de compras online de produtos se situe em 19,5 e o valor médio de cada compra de produtos suba para 56,6 euros”, lê-se no relatório.
Perante as conclusões do relatório, o administrador dos CTT João Sousa considera que os dados evidenciam “a robustez da oferta dos CTT no comércio eletrónico”. Isto, tendo em conta que 50% das encomendas de comércio eletrónico geradas em Portugal e no estrangeiro são entregues pelos CTT, segundo declarações do presidente executivo da empresa, João Bento.
Qual é o perfil do consumidor português?
Os CTT concluem que o consumidor português no comércio eletrónico, vulgo e-buyer, é predominantemente do sexo feminino (51,5%) entre os 25 e os 54 anos de idade (77,3%) com um perfil escolar e rendimentos superiores à média nacional da população. Geograficamente, o e-buyer reside em Lisboa ou na cidade do Porto.
“Quanto à origem das compras, tem vindo a observar-se nos últimos dois anos um maior crescimento das compras em e-sellers [vendedores] portugueses em comparação com as compras internacionais, este ano com forte aceleração na sequência do contexto do Covid-19. Quanto às origens internacionais, a China mantém-se como a origem mais referida, seguindo-se a Espanha e o Reino Unido”.
Qual o motivo de recorrer ao comércio eletrónico? Conveniência, preço e mobilidade, aponta o estudo.
“O cliente destaca os fatores facilidade da compra (64%) e o poder comprar a qualquer momento (59%), muito influenciados pelo contexto sanitário durante o qual o estudo foi realizado, logo seguidos do preço e promoções, ambos com 58%. A tendência para a mobilidade é mais evidente na fase de pesquisa, onde já 54% dos e-buyers referem o smartphone como o meio utilizado. Na fase da concretização do pagamento e compra, este valor é de 49%, quando em 2018 era de 42%”, lê-se no documento.
Quanto às categorias de produtos mais adquiridos no comércio eletrónico, o e-buyer português consome sobretudo artigos de “vestuário e calçado” (56%), “eletrónica e computadores” (43%), “higiene e cosmética” (42%), “livros e filmes (33%), “telemóveis” (23%), “utensílios para o lar” (21%), “material desporto” (29%), “produtos e acessórios para animais” (13%).
No momento de confirmar a compra, o nível de abandono da compra pelo consumidor português tem diminuído, segundo o estudo. Contudo, o preço final da compra ser mais caro que o previsto, a informação pouco clara sobre o produto ou a falta de confiança no vendedor continuam a ser os principais motivos de abandono da compra.
No momento da entrega, o e-buyer nacional “privilegia a garantia de reembolso em caso de perda ou dano na encomenda (78%), o preço reduzido das entregas (76%), o cumprimento dos prazos (74%), uma segunda tentativa de entrega (71%), a possibilidade de acompanhar a entrega (70%) ou de ser notificado previamente por SMS/email (68%)”
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