Embraer mostra mais do novo turboélice
Embraer mostra mais do novo turboélice . A Embraer revelou uma nova imagem sobre a sua projeção de um possível novo turboélice com a marca da empresa. Na primeira imagem frontal a fabricante brasileira continua com sua aposta em um conceito de asa baixa, juntamente com uma propulsão com dois motores.
O programa de um novo turboélice pode ser lançado pela Embraer em algum período entre o próximo ano e 2023. A fabricante brasileira ainda está estudando algumas tecnologias, e ainda realiza pesquisas e busca parcerias na área de propulsão.
Aliás, esta área é bastante crítica no novo avião. Se a Embraer decidir lançar um turboélice com tecnologias atuais ela só tem a opção de motores convencionais. Contudo, a tecnologia híbrida de propulsão está rapidamente avançando no mercado de aviação, e pode estar disponível antes do final desta década.
Na projeção lançada nesta semana podemos ver como a Embraer aposta em um design refinado, derivado dos E-Jets de 2ª geração, para conseguir uma significativa economia de combustível em relação aos concorrentes, mesmo que a opção seja para a propulsão convencional já existente no mercado.
Rodrigo Silva e Souza, vice-presidente de marketing da Embraer Aviação Comercial, diz que é possível começar a entregar o avião para as companhias aéreas em 2027, um prazo até mesmo otimista para o setor de aviação.
O novo avião turboélice deve focar no mercado de 70 a 100 assentos e duas versões são estudadas pela Embraer: Uma na faixa de 90 a 100 assentos e outra na faixa de 70 a 80 assentos.
Como meta, a Embraer espera uma perspectiva de demanda para 1000 novos aviões neste mercado de 70 a 100 assentos nos próximos 10 anos, mesmo que o novo turboélice seja lançado apenas após 2027.
Além disso, a fabricante fez uma estimativa de 2.320 aeronaves turboélices entregues entre 2019 e 2039. Este mercado é que chama a atenção da Embraer.
Somente no Brasil há mais de 40 aviões turboélices da ATR em operação atualmente, muitos com quase ou mais de 10 anos de uso.
Aliás, há novos motores?
Atualmente a ATR fabrica a versão -600 dos modelos 72 e 42, que utilizam os motores turboprop mais atualizados da Pratt & Whitney. Esta é a única versão disponível atualmente pela empresa, e pode ser uma desvantagem para a Embraer utilizar os mesmos motores dos seus concorrentes desatualizados.
Por este motivo a Embraer está conversando com três empresas: GE Aviation, Pratt & Whitney e Rolls-Royce. A finalidade é procurar a melhor tecnologia atualizada para o novo turboélice.
Estima-se que a Pratt & Whitney esteja disposta a oferecer uma versão atualizada de motores turboélices, com base no novo projeto Next Generation Regional Turbo-prop (NGRT). Contudo, com um novo motor a Embraer pode ter que alterar o seu programa de desenvolvimento, para adequar ao fornecimento do motor.
Em condições de igualdade com o ATR 72-600, em questão de propulsão, o novo turboélice pode ser até 15% mais econômico por passageiro transportado.
A Pratt & Whitney diz que o NGRT pode ser até 20% mais econômico no consumo de combustível em comparação com a linha de motores do ATR 72. Já a GE, que desenvolve uma versão atualizada do CPX, diz que consegue atingir 15% de economia em relação aos aviões atuais.
A Rolls-Royce aposta mais no campo de propulsão híbrida, e a Embraer espera criar um avião que consiga se adaptar a essa tecnologia no futuro, mesmo que seja lançado com propulsão utilizando totalmente combustível fóssil ou biocombustível.
Outro turboélice: Os motores híbridos no STOUT
Recentemente em uma apresentação no Dia do Aviador, a FAB deixou “escapar” a informação sobre o desenvolvimento de um novo avião para substituir os Embraer EMB-120 Brasília, trata-se do STOUT.
O segundo turboélice que a Embraer está estudando já incorpora o desenvolvimento inédito no Brasil de uma propulsão híbrida, de motores a combustão e elétricos.
A Embraer falou pouco sobre o projeto, mas Gomes Neto dá a entender que os detalhes virão. “Esperamos ter notícias concretas sobre o contrato [de desenvolvimento] … até o segundo trimestre do próximo ano”, disse ele. “Está indo muito bem.”
“Só agora estamos esperando um contrato para acelerar o desenvolvimento”, disse Gomes Neto, que falou sobre uma possível demanda para aviões civis. “Acho que o conceito está pronto … É uma bela aeronave.”
Entre as características do STOUT estão:
- O futuro STOUT (nome da aeronave em desenvolvimento) tem as dimensões equivalentes ao do C-97 Brasília;
- Propulsão híbrida;
- Alcance de 2.425 Km;
- Veloz e capacidade de operação em pistas curtas e não pavimentadas;
- Porta traseira para transporte de cargas e descargas com pallets, bem como transporte de veículos;
- Lançamento de paraquedistas (24) e transporte de 30 soldados;
- Possível conversam para transporte VIP;
Com informações postadas inicialmente na Aeromagazine.
Fonte: Aeroflap