GPA utilizará outras plataformas de entrega
GPA utilizará outras plataformas de entrega além do James Delivery. A empresa também vai operar em marketplaces (shopping virtual) estabelecidos no país, como o Mercado Livre.
O GPA informou no final de fevereiro (2021) em teleconferência com analistas sobre resultados no quarto trimestre, que deixará de utilizar apenas o James Delivery na entrega final ao cliente e irá explorar outras plataformas. Ontem, a empresa fechou as primeiras operações de venda pelo Rappi, disse o presidente do braço de varejo, Jorge Faiçal.
“Compramos o James Delivery para focarmos nele, mas o mercado ficou competitivo com muitos investimentos no setor e mudamos nossa estratégia e estamos indo para plataformas mais colaborativas e indo para outras plataformas, além do James”, disse ele.
A intenção inicial da empresa era espalhar a operação de James pelo país, sediada no sul do país, para o resto do país. Por isso, o GPA abandonou o Rappi em 2018, cancelando o contrato. Naquele ano, a plataforma fechou um acordo com o concorrente direto do GPA, o Carrefour, meses após o GPA tomar a decisão de focar só no James.
A abertura do GPA é uma mudança de foco e pode ser uma medida tomada para acelerar ritmo de entregas da empresa.
Além disso, Faiçal disse que a empresa irá operar em marketplaces (shopping virtual) estabelecidos no país, e citou diretamente o Mercado Livre. “Vender no Mercado Livre faz parte da nossa estratégia”, disse.
No país, ainda há outras operações nesse setor, como Americanas.com e Magazine Luiza. Sobre a hipótese de fazer acordos com outras empresas de marketplace, Faiçal não deu detalhes.
“Não queremos ser o parceiro exclusivo dessas empresas, mas ser o grande parceiro. Temos escala nacional, 800 lojas que podem ser hub de distribuição e temos a experiência da entrega do produto fresh. Para isso você tem que ter a última milha. A exclusividade vamos conquistar, e não por em contrato”, afirmou.
Ele disse que o James vai pode trabalhar com outros supermercadistas que quiserem fechar acordo com GPA e usar a plataforma.
Faiçal disse que há um cenário de extrema volatilidade com o risco de toques de recolher no país, o que muda a operação noturna das lojas. “Há cidade que não se pode vender bebidase outras que fecharam até supermercados. Cenário está volátil”.
“Estamos muito cautelosos e estamos se preparando para esse quadro desde o terceiro trimestre para manter solidez de Ebitda que entregamos em 2020”.
A companhia ainda informou que o braço digital do GPA vendeu R$ 1,1 bilhão em 2020, 5% do total, ante 2% de participação em 2019.
Christophe José Hidalgo, diretor presidente interino, afirmou que o digital será mais priorizado em 2021.
Fonte: Valor Investe