Magazine Luiza compra VipCommerce plataforma de supermercados
Magazine Luiza compra VipCommerce plataforma de supermercados . O MAGALU anunciou esta semana a aquisição da VipCommerce, plataforma de e-commerce com foco no varejo de alimentos. A ferramenta cria lojas digitais para desktop, celular e aplicativos para supermercados, e oferece ainda tecnologia de gestão de estoques. Ao todo, a empresa oferece tecnologia para mais de 100 redes de supermercados, com 400 lojas localizadas em 18 Estados do País. O valor da transação não foi divulgado.
Com a aquisição, o Magalu coloca todas essas parcerias para dentro de sua carteira. O plano agora é trazê-los também para dentro do aplicativo do Magazine Luiza, além de oferecer nos aplicativos de cada supermercado os serviços de antecipação de recebíveis e logística da companhia. Esse é o primeiro passo significativo do Magazine Luiza na direção da venda de alimentos frescos, como produtos de hortifruti.
“Quando alguém faz compras de mercado, com cesta grande de produtos, a experiência é melhor quando se faz essa compra dentro de uma loja específica perto da casa do cliente”, diz o diretor executivo de e-commerce do Magazine, Luiza Eduardo Galanternick.
Ele conta que, hoje, para fazer essa compra completa no aplicativo da companhia o cliente acaba selecionando determinados produtos de estoque próprio do Magalu e outros de lojas do marketplace, assim, a experiência fica prejudicada, já que são necessárias várias entregas, até em dias diferentes para finalizar a compra.
Quanto ao desafio de rentabilidade nesse segmento, o executivo diz que o segredo está, mais uma vez, em fazer os produtos viajarem menos. “A grande chave da rentabilidade de supermercado é reduzir o preço de entrega”, diz. Ele explica que, assim, como em outros segmentos o Magalu se utiliza da capilaridade das lojas físicas para gerar custos menores de entrega, a iniciativa de trazer a VipCommerce vem no sentido de fazer os alimentos perecíveis saírem do parceiro mais próximo do endereço de entrega. “Se eu mando um produto de um centro de distribuição para o cliente, a entrega sai o preço do produto. O ciente não vai pagar por isso”, diz.
Para Galanternick, as iniciativas do GPA e do Carrefour no e-commerce alimentar não são um problema para os planos do Magazine Luiza de avançar nessa frente: “De uma forma geral, esse ambiente (de competição) é o que a gente sempre teve em todas as categorias que a gente trabalha. Categorias que tinham especialistas regionais, generalistas nacionais e a gente sempre conseguiu navegar por eles”, diz.
Vale lembrar que, recentemente, o GPA anunciou que vai passar a se conectar a aplicativos de entrega e outros marketplaces, além de abrir sua própria plataforma de entregas para concorrentes. A parceria com o Rappi já estava fechada e o Mercado Livre também foi citado como futuro parceiro na teleconferência com investidores.
Atualmente, a categoria de mercado representa mais de 40% de todos os itens vendidos no e-commerce do Magalu. No momento, a companhia tem centenas de lojas fechadas em razão de restrições instituídas pela pandemia de covid-19. “A gente tem modelo resililente pela combinação online e lojas físicas, mas não deixa de ser algo muito difícil para todos nós”, diz Galanternick.
Em fato relevante sobre a operação, a empresa destaca que a aquisição representa mais um importante passo na estratégia da companhia de digitalização do varejo brasileiro. “Com a VipCommerce, o Magalu poderá oferecer sua tecnologiaa milhares de supermercados, bem como outros serviços como o Magalu Pagamentos e o Magalu Entregas, avançando ainda mais no caminho de se tornar o sistema operacional para o varejo brasileiro”, diz.
Em 2020, o Magalu realizou 11 aquisições estratégicas. Foram compradas, entre outras, a Estante Virtual, de venda de livros novos e usados, a startup de delivery de alimentos AiQFome, a Hubsales, que conecta fabricantes ao consumidor final, a Stoq, de tecnologia para PDV, a plataforma de mídia da Inloco, o site de conteúdo de tecnologia Canaltech, a escola de marketing Digital ComSchool e a fintech Hub
Fonte: ISTOÉDinheiro