Blog do Rogério Barrionuevo, especialista em logística da última milha. O Blog apresenta artigos autorais e notícias de logística, distribuição, armazenagem, transporte e tecnologia. Tem também posts sobre a China, Portugal e outros países lusófonos e sobre Administração do Tempo (Rogério é autor de livro sobre o tema)
Natura testa entrega de produtos via drones .A Natura se prepara para transportar cosméticos em drones a partir de 2022. A iniciativa é resultado de uma parceria da companhia com a Speedbird Aero, iniciada a partir de um programa para identificar startups com potencial para trabalhar junto com a empresa.
No momento, as companhias trabalham juntas em testes internos para avaliação dos melhores veículos para o transporte de produtos. Também analisam rotas para solicitar autorização de voo à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Segundo a Folha de S. Paulo, um dos objetivos da Natura ao adotar a tecnologia é avançar na busca por zerar suas emissões líquidas de carbono até 2030, disse Leonardo Romano, diretor de cadeia de suprimentos, inovação e logística do grupo Natura & Co.
Além disso, a companhia busca melhorar a experiência do consumidor e acelerar entregas em regiões mais distantes de seus centros logísticos e de acesso mais difícil, segundo a publicação.
A empresa diz que o projeto piloto será feito por equipamentos com capacidade de voar por até 200 km no primeiro trimestre de 2022. Os drones devem ter capacidade de carregar encomendas de até 10 kg.
A empresa não informa em quais cidades a iniciativa irá começar.
Perfume pela janela? Ainda não
Segundo a reportagem, Romano diz que, apesar do potencial dos drones, ainda não é o momento de esperar um drone entrando pela janela com perfumes. A regulação, por questões de segurança, exige que sejam definidos previamente locais de partida e aterrissagem para as rotas da empresa.
No caso da Natura, estão em análise áreas em locais como shoppings centers, condomínios residenciais e centros de distribuição.
Outra ideia em análise é que caminhões levem produtos de algum dos dez centros de distribuição até áreas de decolagem de drones para que eles possam ser levados rapidamente até o consumidor, lojista ou consultor da empresa.
AliExpress abre plataforma para vendedor brasileiro. O movimento da plataforma, que faz parte do grupo Alibaba, do bilionário chinês Jack Ma, ocorre num cenário cada vez mais competitivo. Em mais uma investida das plataformas asiáticas de comércio eletrônico no Brasil, o AliExpress abriu sua plataforma para que vendedores brasileiros ofereçam seus produtos. Até agora, os produtos comprados no AliExpress vinham da China.
O Brasil é o primeiro país das Américas a permitir o cadastramento de vendedores locais e o sexto do mundo. O movimento da plataforma, que faz parte do grupo Alibaba, do bilionário chinês Jack Ma, ocorre num cenário cada vez mais competitivo, com empresas nacionais e estrangeiras investindo para conquistar o novo consumidor digital brasileiro.
”Já abrimos a plataforma para vendedores locais na Rússia, Turquia, Espanha, Itália e França. Começamos o cadastramento há três semanas e posso dizer que já temos milhares de vendedores”, disse Yaman Alpata, chefe de vendas da Ali Express no Brasil.
Além da concorrência, outro desafio da AliExpress no país será a logística. Empresas locais vêm ampliando sua infraestrutura, com mais centros de distribuição, para acelerar o prazo de entregas. Também estão investindo nas chamadas “operações de última milha” para que o produto chegue o mais rápido possível na casa do comprador. O Ali Express não tem centro de distribuição próprio no país.
“O centro de distribuição é o centro das operações de logística. Temos planos para ter o nosso próprio centro. É uma de nossas prioridades”, disse Alpata.
No Brasil, o envio de produtos comprados pela AliExpress será coordenado pela Cainiao, empresa de logística do grupo Alibaba, que já possui operação no país. Os vendedores também poderão utilizar suas próprias operações de logística, se preferirem.
Os produtos que vêm da China levam entre sete e dez dias para serem entregues no país. Por aqui, esse prazo vai depender da logística com os parceiros locais do setor, podendo ser no mesmo dia ou dia seguinte à compra.
Podem se cadastrar na plataforma vendedores de todos os portes, desde que tenham CNPJ ou sejam MEI’s.
Para expor seu produtos no AliExpress é cobrada uma taxa de comissão entre 5% e 8%, dependendo do tipo do produto. Segundo Viviane Gomes Almeida, gerente de vendas do AliExpress Brasil, o país é relevante no negócio da empresa, e a decisão de cadastrar vendedores brasileiros já estava mapeada, especialmente com o crescimento do comércio eletrônico. O AliExpress está no país desde 2019.
“Vemos muitas oportunidades. O Brasil é como um terreno com grama alta em que é preciso capinar”, disse Viviane.
As dificuldades de logística globais, com aumento do frete, falta de navios e aviões para entregas, também é um fator que foi levado em conta pela empresa ao permitir a entrada de vendedores brasileiros.
“A logística transnacional também se tornou um grande desafio. E com isso aumentou a penetração do comércio eletrônico, não só no Brasil mas no mundo. Na América Latina, o comércio eletrônico brasileiro é um dos que mais cresce. No Brasil, vamos ter desafios na entrega da chamada ‘última milha’ com a expansão das vendas”, afirma Yaman Alpata.
O crescimento das vendas on-line no Brasil tem atraído outras plataformas de comércio eletrônico asiáticas. A Shopee, de Cingapura, já trabalha com vendedores brasileiros, e a Shein, da China, especialista em roupas com preços baixos, traz produtos importados da China. Ambas já desembarcaram no país há pelo menos dois anos e vêm disputando a atenção do consumidor brasileiro.
Segundo o relatório elaborado pela agência Conversion o comércio eletrônico no Brasil atingiu 1,49 bilhão de acessos em fevereiro passado, um aumento de 21% em relação ao mesmo período em 2020.
O relatório mostra que houve um crescimento de 51,43% em produtos importados, na comparação anual, que pode ser entendido como um reflexo do crescimento das plataformas asiáticas de compra on-line no país.
Correios vão a leilão por valor simbólico . Os Correios serão colocados à venda por um valor simbólico, sem objetivo de fazer caixa para o governo, afirmou Martha Seillier, secretária especial do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) —pasta responsável pelas privatizações, ligada ao Ministério da Economia.
Mercado Livre compra plataforma de entregas Kangu . O Mercado Livre anunciou na terça-feira, 24/08/2021, a aquisição de 100% da plataforma de entrega de encomendas Kangu, ampliando sua atuação logística na América Latina em meio ao aumento da demanda pelo comércio eletrônico.
Debates & Idéias Online – A Carta de Jeff Bezos. Já está disponível no podcast do Blog Rogério o primeiro episódio de “Debates & Idéias” e tema escolhido foi a última Carta de Jef Bezos como CEO da Amazon.
Mercado Livre não tem interesse nos Correios . O Mercado Livre espera terminar 2021 com oito centros de distribuição no Brasil e inaugurar mais um em 2022 e está trabalhando para expandir sua malha de última milha, de olho em conseguir atingir entregas mais rápidas em um ambiente de forte competição com grupos locais.
Por conta dos investimentos na expansão de sua malha logística própria, o Mercado Livre não tem interesse em participar do processo de privatização dos Correios. O investimento total da companhia previsto para 2021 no Brasil é de 10 bilhões de reais, boa parte disso em logística.
“A gente hoje se sente muito confortável em dizer que não faz sentido participar da privatização dos Correios”, disse o vice-presidente de logística do Mercado Livre para a América Latina, Leandro Bassoi, em entrevista a jornalistas.
“A gente entende que a construção que tivemos dentro de casa foi muito mais eficiente, feita da nossa forma, e conseguimos encontrar ativos logísticos com mais facilidade trabalhando dentro de casa para fora do que fazendo sinergias com uma empresa com tantos anos de história e com seus ativos já existentes”, acrescentou.
O Mercado Livre anunciou a inauguração de dois novos centros de distribuição no Brasil: um em Franco da Rocha (SP), que começa a operar ainda este ano, e outro na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), que será implementado em 2022.
A companhia, que tem cerca de 12 milhões de vendedores em sua plataforma no Brasil, pretende terminar este ano no país com 8 centros de distribuição, 18 centros de transferência de produtos (chamados de “crossdockings” pela empresa) e elevar a malha de centros de armazenamento de última milha dos atuais 80 para 100 unidades.
No segundo trimestre, segundo Bassoi, 91% das entregas do Mercado Livre foram feitas dentro da malha logística da companhia no Brasil. O executivo afirmou ainda que em 2.100 cidades do país a empresa consegue entregar produtos em até 1 dia. Entregas feitas no mesmo dia da compra são realizadas em 50 cidades, disse o executivo.
DHL trocará aviões e veículos terrestres por 4.000 drones. A gigante da logística, DHL, e a desenvolvedora e operadora de drones de carga, Dronamics, assinaram um acordo de parceria para desenvolver em conjunto uma rede dedicada para entregas a partir de 2022. Com base em um acordo mutuamente exclusivo, a Dronamics construirá e operará até 4.000 drones “Black Swan” para a DHL.
Magalu compra Sode plataforma de entregas ultrarrápidas . Com aquisição, Magazine Luiza vai reforçar suas entregas em menos de 1 hora, que já são feitas a partir de 140 lojas de 30 cidades. Objetivo é estar em todas as capitais em 2021. A startup de Recife conta com mil entregadores e realiza mais de 2 milhões de entregas anualmente.
Amazon cria exército de robôs de entrega . Nova patente revelada pela empresa mostra que um futuro de robôs entregadores já está mais próximo que você imagina… Entenda o impacto.
Fundos participarão de consórcios para Privatização dos Correios. Com data marcada, o leilão dos Correios, previsto para março do ano que vem, começa a atrair players globais do setor de logística e varejo, de olho na capilaridade da empresa.